Arte e psicologia

Para quem, como eu, tem curiosidade e interesse sobre as emoções humanas, os distintos modos de ser e o sofrimento emocional, a psicologia pode ser muitas vezes um caminho para entender sobre a complexidade de ser humano.

Foi pelo interesse nesses temas que me interessei pela psicologia. Me graduei em 2005 e fui me aproximando de distintas perspectivas: a psicanalítica, a esquizoanálise, a gestaltica, a humanista e a existencial.

Com o tempo fui percebendo que o saber científico, apesar de muito interessante e importante, não é o único meio de se aproximar da experiência humana, mas apenas um entendimento possível, entre tantos outros.

Constatando isso, comecei a olhar para a existência a partir da filosofia, o que me abriu um novo leque de possibilidades e compreensões. Com isso, pude retomar uma aproximação mais originária da psicologia, que partiu da filosofia e ampliar perspectivas.

Porém, isso também não me bastava. Foi então que resolvi olhar para as emoções, os sofrimentos e os distintos modos de ser a partir da experiência sensível e estética - por meio da arte: da literatura, da música e das artes plásticas, em especial.

A arte, que me acompanha de maneira muito intensa desde a adolescência, enquanto forma de expressão humana se aproxima mais do sensível e singular, dos afetos e do indescritível, de maneira mais direta, sem rodeios.

Tenho me interessado, cada vez mais, em olhar para a existência humana a partir da arte, dando voz à experiência estética e criativa como uma forma de moldar a própria vida, uma maneira de expressar as emoções e os sofrimentos mais íntimos.

É por meio daqueles que fizeram da arte sua forma de vida, e elaboraram o sofrimento por meio da criação que tenho interessado ampliar minhas perspectivas sobre os modos de ser humano. Não como um modelo a ser seguido, mas como possibilidades.

Por isso, artistas como Van Gogh, Arthur Rimbaud, Paulo Leminski, Syd Barrett, Fernando Pessoa, Kurt Cobain, Rainer Maria Rilke, John Cage, Antonin Artaud, Itamar Assumpção, Edvard Munch, Jim Morrison, entre outros, hoje me interessam mais do que a psicologia dita científica.

"O real é a rocha, que o poeta lapida"
(Itamar Assumpção)

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