A psicologia estuda o ser humano, seus comportamentos, emoções, desenvolvimento e aspectos subjetivos, atuando em conjunto com outras áreas do conhecimento como a fisiologia, a sociologia, a filosofia, a antropologia, a neurologia, a história.
Existem diversas abordagens sobre o funcionamento do ser humano, seu desenvolvimento, seus modos de ser e se relacionar. Grande parte das abordagens na psicologia podem ser definidas em três tendências, as Comportamentais, as Psicanalíticas e as Humanistas-Existenciais.
As Comportamentais são as teorias mais científicas na psicologia, tratam de fatos objetivos e comportamentos observáveis, trabalhando com a fisiologia, a neurologia e os sistemas de crenças. Compreendem o ser humano enquanto sua natureza biológica e entende seus comportamentos como naturais somados aos reflexos condicionados por conta do meio.
Na linha Comportamental, podemos destacar as abordagens Comportamental (ou Behaviorista), Terapia Cognitivo Comportamental e Terapia Analítico-Comportamental. Seus teóricos mais conhecidos são John B. Watson (1878-1958), B. F. Skinner (1904-1990) e Aaron Beck (1921).
A Psicanálise é uma abordagem que entende que nem todas as doenças mentais ou sofrimentos emocionais possuem uma causa orgânica. Para a Psicanálise, existem elementos inconscientes que afetam nossa vida, nossos desejos e traumas emocionais. O inconsciente é analisado por meio da fala e da associação livre dos pensamentos pelo psicanalista.
Sigmund Freud (1856-1939) foi quem criou a Psicanálise e estabeleceu suas principais bases, inclusive a estrutura da psiquê. Depois dele, outros autores desenvolveram novas abordagens tendo como embasamento os princípios da Psicanálise. Carl G. Jung (1875-1961) criou a Psicologia Analítica, Jacques Lacan (1901-1981), Donald Winnicott (1896-1971) e Melanie Klein (1882-1960) desenvolveram suas abordagens com base na psicanálise.
A terceira tendência refere-se as abordagens Humanistas, Existenciais e Fenomenológicas, que entendem o ser humano não como um mero reprodutor de comportamentos condicionados, nem como resultado de impulsos inconscientes. De um modo geral, utilizam teorias mais filosóficas que médicas, compreendendo o indivíduo como um ser ativo no mundo, que faz suas escolhas na relação que estabelece consigo mesmo e com os outros.
Algumas das abordagens mais conhecidas que utilizam o embasamento humanista e existencial são a Gestat-Terapia de Fritz Perls (1893-1970), a Abordagem Centrada na Pessoa de Carl Rogers (1902-1987), a Análise Existencial de Martin Heidegger (1889-1976) e Jean-Paul Sartre (1905-1980), a Psicoterapia Existencial de Ludwig Binswanger (1881-1966).
Além das abordagens citadas, existem outras, como a Terapia Vivencial, a Somaterapia, o Psicodrama, a Terapia Sistêmica, a Esquizoanálise. Enfim, são muitos os caminhos na compreensão do ser humano em seu modo de ser mais íntimo, de sentir, sofrer e encarar a vida, tornando a psicologia uma área muito ampla que envolve diversos caminhos e distintos saberes.