É preciso que o ensino tenha relação com a vida das pessoas, e que as pessoas tenham prazer em aprender;
E que não seja na base de decoração, mas por meio do entendimento;
E que os assuntos partam das necessidades dos estudantes;
E que se proporcione instrução básica a respeito de como o homem e o mundo funcionam, para que todas as pessoas tenham a possibilidade de agir no mundo;
E que as aulas sejam feitas por meio de troca de experiências;
E que os professores ouçam os alunos;
E que estes não sejam professores, mas sim educadores, auxiliadores e facilitadores;
E que estes aprendam com os alunos também;
E que todos sejam amigos;
E que o educador parta da realidade do educando, de como este entende o mundo para depois abrir as discussões;
E que os professores falem na língua do aluno, de maneira que se possa compreender o assunto em sua realidade;
E que haja uma troca do conhecimento, linguagem, cultura, valores e idéias entre o educador e o educando;
E que não seja necessário perguntas no papel para provar o conhecimento;
E que o conhecimento seja prático, sendo realizado por meio de atividades, no sentido da ação do homem no mundo alterando-o e configurando-o para seu benefício;
E que o aluno possa alterar os paradigmas de ensino, inclusive desta reforma proposta;
E que os educandos tenham a liberdade de fazer o que quiserem na escola, sem repressão, desde que se respeitem;
E que se possa escolher disciplinas, horários, locais e programas de aulas, bem como o que deseja ler e estudar;
E que sejam criadas novas disciplinas de acordo com as necessidades dos educandos e educadores;
E que o processo de aprendizagem seja agradável e útil para a vida do educador, e se este não tiver interesse, que não seja obrigado a participar do processo;
E que o processo da educação seja um meio de apresentar como a sociedade funciona e nossa cultura, com diferentes visões, mostrando também como se pode intervir em nossa história;
E que a escola não seja um lugar fechado com horário para entrar e sair, e sim um lugar aberto onde todos podem entrar e sair no momento que quiserem (professores e alunos), participar de aulas, debates, discussões, trabalhos em conjunto, criações artísticas, etc;
E que a escola não esteja separada da sociedade, mas que seja uma extensão das redes sociais onde se discutam os assuntos políticos, bem como sobre as organizações de empresas e sobre o governo, e as implicações destas em nossa vida cotidiana;
Além de tantas outras coisas, mas principalmente que isto não seja apenas uma utopia, e que se concretize na prática da vida!